“Nunca deixe faltar amor
ao seu filho, se tem alguma coisa que pode salvá-lo, é o seu amor por ele.
Nunca o abandone, vão ter muitas pessoas dizendo que não tem jeito... mas isso
é mentira. Acredite em Deus e não perca a esperança. O dia do fim da luta pode
demorar a chegar, mas durante os dias de batalha mostre que ele não está
sozinho, pois você está com ele.”
Ela não estava dentre as pragas enviadas ao Egito,
e chegou de forma devastadora ao nosso tempo. Na sutileza, ela corrói crianças,
jovens e adultos, de ambos os sexos. Também arrasa famílias, aumenta a
criminalidade e lota cadeias e cemitérios. Seu nome é droga!
Esta incômoda inquilina chegou até a casa de Flávio
Benedito da Silva, morador de uma cidadezinha da Grande São Paulo, e resolveu
morar um tempo na vida de seu filho.
"Percebi que as coisas não estavam bem. Primeiro
desconfiei pelas atitudes dele. Logo depois surgiram os comentários de amigos,
pois a cidade é pequena e é impossível esconder de todo mundo", conta.
Quando o problema veio à tona, Flávio já era
separado de sua esposa que passou a morar em outro bairro da cidade. Pai de
três filhos, ele sempre estava presente na vida de seus herdeiros, ensinando e
aconselhando sobre como se deveria levar uma vida digna e longe de complicações
extremas.
Devido ao pouco conhecimento sobre o assunto, a
primeira reação de Flávio foi se posicionar de uma forma autoritária. O
preocupado pai impôs ao filho que abandonasse de vez aquela vida, porém todas
as ordens foram em vão, e o caos familiar só aumentou.
"O Renan começou a usar com 15 anos, mais ou
menos. A princípio era maconha, porém terminou viciado em crack. Mas acredito que
nesse percurso ele tenha experimentado outros tipos de drogas também", lamenta.
Para o pai de família, foi terrível ver a mudança
que ocorreu na vida do garoto. Aquele menino que jogava bola descalço na rua,
empinava pipa e rodava pião, se transformou em um jovem sem esperança, que
mentia o tempo todo, inventando histórias absurdas e persuasivas.
Renan não era agressivo e nunca foi violento dentro
de sua casa. Isso ajudou a não piorar a situação. O pai acredita que em nenhum
momento esta situação trouxe uma possível união entre pais e irmãos, em favor
do garoto.
"Tivemos muitos problemas. O irmão mais velho não
aceitava de maneira nenhuma o tratamento amoroso que o irmão mais novo recebia
da minha parte. Para ele, eu devia colocá-lo para fora de casa, já que as
mentiras e os furtos dentro do lar eram frequentes", desabafa.
Os anos se passavam e a situação não melhorava. Até
que em determinado momento, ao enxergar e compreender seu estado de dependência
química, Renan entendeu que precisava ser internado em uma clínica de
reabilitação.
"Entre idas e vindas, ele foi internado pelo menos
umas seis vezes, mas todas por sua própria vontade. Nunca fugiu, mas abandonava,
com conhecimento dos responsáveis", explica.
O pai, que nunca desistiu de seu filho comentou que
a principal característica de quem está preso no mundo das drogas é a mentira,
e que, apesar de ter esperanças na reabilitação de seu filho, já chegou a pensar
que Renan morreria. "Claro que já pensei que o pior poderia acontecer,
não tanto pela droga, mais pela vida que levava e pelas suas companhias. Ele
não distinguia mais o certo e o errado, arriscava tudo para conseguir dinheiro
e manter seu vício", diz.
Logo após a última internação, o garoto que já
tinha 22 anos decidiu mudar de cidade e partiu para Maringá, no Paraná. Lá, ele
se juntou a uma ONG cristã chamada Jocum (Jovens com uma Missão), que realiza
trabalhos sociais. Neste novo ambiente, conheceu uma outra forma de levar a
vida.
A distância da família o fez valorizar seus pais e
irmãos, que agora vivem mais unidos do que antes. Renan virou o orgulho da
família e exemplo de superação. Atualmente ele está casado, continua morando na
ONG e realiza trabalhos com detentos e dependentes químicos.
Enfim, esta história ainda não teve um final, mas é
possível dizer que apesar dos graves problemas, houve momentos de grandes
alegrias e triunfos. Este pai que durante anos teve a vida de seu filho
sequestrada pelas drogas, conseguiu reverter esta situação e trazê-lo novamente
para uma vida social digna e honesta.
Um apelo que Flávio deixa aos familiares que estão
passando por este grande sofrimento, é que nunca desistam:
"Não importa a sua crença. Entregue na mão de
Deus, que só Ele pode resolver. Não importa clínica cara, médicos e outros
tratamentos de primeira grandeza, se não partir de dentro de quem precisa ser
ajudado, nada que for tentado surtirá efeito. Acredite em Deus e ame seu
filho, pois o amor já é a maior ajuda que Deus te dá, uma vez que Deus
é Amor", siz o pai, que é um exemplo de dedicação e persistência.
Impossível não ler tudo isso e não se emocionar... Orgulho de vc meu amigo Renan!!! E parabens Marquinho pelo blog, vc consegue prender nossa atenção em tudo que escreve...
ResponderExcluirAbraços
Jô
O Flavio e o Renan construíram uma história sensacional,né?
ExcluirJô, obrigado por sempre estar acompanhando o Blog. Abração.
ou mano loko só DEUS msm pra transformar... valew por vc e outros presenciarem o q DEUS fez e mano vc foi o cara q me apresentou o evangelho e pode ter certeza q eu jamais esquecerei disso... NÓIS Q TAH!
ResponderExcluirOw mano, vivemos um tempo de novidade em Maringá que foi importantíssimo pra eu estar de pé até hoje. Valeu pela caminhada.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Flávião representou e hoje colhe os frutos de sua perseverança. Sempre será um ótimo exemplo pra todos nós aqui do CDM.
ExcluirDeus é mais! E no Amor se encontra a cura para todos os males! Seu Filho é Cruz e Amor. Se as pessoas tivessem isto em mente, não desistiram nunca! Ótimo texto. Uma realidade que precisa ser lida e mais ainda, compartilhada! Parabéns! Bela atitude. Cristiane
ResponderExcluirHistória de superação que eu tive o privilégio de conviver na íntegra. Deus é bom e quando existe uma pessoa disponível, ele age através dela. Abração Cristiane!
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