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domingo, setembro 18, 2011

Conclusões

A matéria de capa da revista National Geographic Brasil do mês de julho de 2011 fez a minha mente “viajar".

O texto fala sobre Cleópatra, uma extraordinária mulher que governou o Egito e conseguiu despertar a paixão de dois poderosos romanos: Júlio César e Marco Antônio.

A história dessa egípcia é cheia de enigmas. Alguns historiadores crêem que ela era muito linda e sensual. Outros,  acreditam que ela não era tão bonita, mas cativava as pessoas com a sua inteligência. Também existem boatos de que ela era muito má.
Bom, podemos acreditar que ela era linda, sensual e inteligente, ou que não era nada disso. Qualquer opção não mudará o que ela foi realmente.

Analisando o texto, comecei a pensar que não é necessário fazer muito esforço para criar uma imagem distorcida de alguém.

Essa situação acontece diariamente conosco. Tiramos conclusões sobre outras pessoas e outras pessoas tiram conclusões sobre nós.

Construímos conceitos, na maioria das vezes equivocados, quando reparamos na vestimenta, no jeito de andar, no modo de falar, nos bens materiais e não procuramos conhecer a pessoa de uma forma verdadeira. E com toda essa superficialidade de relacionamentos em redes sociais, uma simples foto no facebook já nos dá margem para dizer que tipo de pessoa é aquela.

A mídia é outra especialista. Cria heróis e vilões. Usa a imagem de políticos, jogadores, atores, líderes religiosos e outros mais, da forma que desejam. Segundo seus interesses, distorce a realidade.

Também somos enganados quando escutamos fofocas sobre outras pessoas. Automaticamente criamos uma imagem da pessoa exposta. Pior é, quando somos nós os fofoqueiros, que sentimos prazer ao denegrir a imagem do outro.

Talvez nos “tornamos” mais santos, mais justos, mais honestos, mais chiques quando julgamos alguém. Esse engano faz bem pra auto-estima, traz um “ar” de superioridade. Mas também pode trazer uma sensação de inferioridade quando o outro é “melhor” do que nós.

É extremamente importante desenvolver uma mentalidade crítica e fazer uma limpeza nos pensamentos. É necessário quebrar paradigmas que nos fazem pensar como robôs. Essa é uma tarefa difícil e exige um pouco de esforço.

Não conheci a Cleópatra e na verdade não me importo se ela foi bela ou feia, bondosa ou má. O importante é não julgar sem conhecer e não tomar partido sem entender o ocorrido.