O texto fala sobre Cleópatra, uma extraordinária mulher que
governou o Egito e conseguiu despertar a paixão de dois poderosos romanos: Júlio
César e Marco Antônio.
A história dessa egípcia é cheia de enigmas. Alguns historiadores
crêem que ela era muito linda e sensual. Outros, acreditam que ela não era tão bonita, mas
cativava as pessoas com a sua inteligência. Também existem boatos de que ela
era muito má.
Bom, podemos acreditar que ela era linda, sensual e
inteligente, ou que não era nada disso. Qualquer opção não mudará o que ela foi
realmente.
Analisando o texto, comecei a pensar que não é necessário
fazer muito esforço para criar uma imagem distorcida de alguém.
Essa situação acontece diariamente conosco. Tiramos
conclusões sobre outras pessoas e outras pessoas tiram conclusões sobre nós.
Construímos conceitos, na maioria das vezes equivocados,
quando reparamos na vestimenta, no jeito de andar, no modo de falar, nos bens
materiais e não procuramos conhecer a pessoa de uma forma verdadeira. E com
toda essa superficialidade de relacionamentos em redes sociais, uma simples foto
no facebook já nos dá margem para dizer que tipo de pessoa é aquela.
A mídia é outra especialista. Cria heróis e vilões. Usa a
imagem de políticos, jogadores, atores, líderes religiosos e outros mais, da
forma que desejam. Segundo seus interesses, distorce a realidade.
Também somos enganados quando escutamos fofocas sobre outras
pessoas. Automaticamente criamos uma imagem da pessoa exposta. Pior é, quando
somos nós os fofoqueiros, que sentimos prazer ao denegrir a imagem do outro.
Talvez nos “tornamos” mais santos, mais justos, mais
honestos, mais chiques quando julgamos alguém. Esse engano faz bem pra auto-estima,
traz um “ar” de superioridade. Mas também pode trazer uma sensação de
inferioridade quando o outro é “melhor” do que nós.
É extremamente importante desenvolver uma mentalidade
crítica e fazer uma limpeza nos pensamentos. É necessário quebrar paradigmas
que nos fazem pensar como robôs. Essa é uma tarefa difícil e exige um pouco de
esforço.
Não conheci a Cleópatra e na verdade não me importo se ela foi
bela ou feia, bondosa ou má. O importante é não julgar sem conhecer e não tomar
partido sem entender o ocorrido.